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A Educação Inclusiva segundo os pais

A Educação Inclusiva segundo os pais

A Educação Inclusiva segundo os pais

Os anos 2000 foram marcados pela forte inclusão de crianças com Espectro do Autismo (TEA) em sala de aula, principalmente na rede pública que foi pioneira na ação.

A Educação Inclusiva é um sistema educacional cujo propósito é inserir a criança no meio social e fazer com que ela se sinta acolhida dentro do ambiente escolar, lugar onde ela encontraria a continuação do seu círculo social que se inicia com os seus familiares e criaria seu primeiro contato com outras pessoas da sua idade.

A educação inclusiva é cara. É necessário uma série de acompanhamentos psicológicos e planejamentos com pedagogos de acordo com a dificuldade apresentada pela criança com TEA. Hannah Samara, mãe do Nathan (6), portador do autismo, mantém o filho numa escola especial e afirma: “Educação Inclusiva existe apenas para quem tem dinheiro”. Nem todas as escolas estão preparadas para a inclusão de crianças especiais nas suas salas de aula e nem todas têm um planejamento específico para atender a essa parcela da população infantil. Nathan só começou a estudar em maio, porque nenhuma instituição o aceitava, tendo em vista toda a necessidade de atenção e compreendimento diferenciados. A atual escola onde ele está matriculado e a terapeuta do Nathan uniram-se para criar um material didático específico para o aprendizado dele. “A frase da escola é ‘educação além do lápis’, isso me chamou atenção na rua e decidi conhecer a escola”, explicou Hannah, que conta com uma psicopedagoga especializada em educação especial.

Já com o Bernardo (2), filho de Leonardo Tavares, a realidade é outra. O pequeno é portador de autismo e estuda em uma escola cuja metodologia não é especializada e nem pensada para crianças com autismo, não havendo material pedagógico específico. A falta de um moderador, que seria o profissional responsável por auxiliar o professor dentro de sala de aula, é a maior barreira na educação das crianças com Transtorno do TEA. A escola em que o Bernardo está matriculado desde os 5 meses, antes mesmo do diagnóstico, mantém o Leonardo informado de tudo que ocorre no dia do seu filho: “eles auxiliam nos avanços ocupacionais dele como conseguir se vestir, pedir pra ir ao banheiro, comer sozinho… A interação dele é complicada, justamente por ele estar dentro do TEA, mas isso é dele mesmo”.

A colocação de profissionais treinados e preparados para criar um ambiente confortável e saudável para a criança diagnosticada com TEA nas escolas é um direito conquistado pelos responsáveis, que deve ser cumprido por aqueles que fornecem a educação intelectual de uma criança. O apoio psicológico e o investimento na estruturação de materiais pedagógicos para atender diversas crianças com diferentes tipos de necessidades devem ser a maior preocupação de uma instituição de ensino.

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